Tenho aprendido tanta coisa bacana nos últimos 5 anos que decidi compartilhar alguns relatos sobre o que eu venho vivendo e aprendendo. Sem nenhuma pretensão de ensinar nada a ninguém, mas com a intuição que esses relatos podem servir para alguém 😊
Em 1998, comecei a minha carreira em empresas internacionais de consultoria e auditoria. Sempre gostei do trabalho de consultoria: cada hora em um lugar diferente, oportunidade de conhecer vários setores distintos, trabalhar em equipe e ter uma carteira de clientes para cuidar! Toda a minha mudança de carreira foi impulsada, não tanto por promoções e aumento de salários, mas pela vontade de trabalhar com pessoas que eu admirava.
Quando eu completei 35 anos, para alguns a minha vida poderia se dizer perfeita: casada com um cara muito legal, 2 filhos, morando em um ótimo apartamento e recém-promovida a sócia. Mas por dentro, eu sentia um grande vazio! Não me sentia completa em nenhum dos meus papéis (profissional, mãe, esposa, mulher) – algo estava faltando, mas não sabia o que era.... Afinal, o que era sucesso?
No início de 2013, durante a licença-maternidade do Roberto (meu segundo filho), um dia acordei cedo e fiquei pensando sobre o que eu gostaria que os meus filhos fossem... Inúmeras profissões passaram na minha cabeça: advogado, médico, administrador, pintor, artista.... Nada daquilo fazia muito sentido para mim. Queria apenas que eles fossem seres humanos bons. Livres de preconceito, que ajudassem as pessoas. E naquele momento caiu a ficha – o que EU estou fazendo para plantar essa sementinha no coração deles? Aquilo me gerou uma angústia danada. Esse sentimento se aquietou quando o Daniel (meu marido) me convidou para uma iniciativa de voluntariado pelo banco onde trabalhava para conversar com 500 jovens sobre educação financeira, dicas sobre como montar um currículo e se comportar em uma entrevista de emprego. Depois daquele dia, o vazio de alguma forma se acomodou e gerou uma nova pergunta: Qual é o papel das empresas na redução das desigualdades sociais?
